Diretor: Edélcio Vigna.
Elenco: Ana Carolina, Fernando Pessoa, Fernando Sousa e Mary Abrão.

Grupo de Teatro Scrachados

O Grupo Teatro Scrachados (GPS) trabalha o método de atuar focado na pessoa. Herda o despojamento de Grotowski, o distanciamento crítico de Brecht, a violência simbólica de Artaud e não descarta o naturalismo de Stanislavski. Teatro liquidificador. Bem vindo ao nosso mundo.















domingo, 25 de julho de 2010

Cena inicial: Lobos não entram em Labirintos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Labirinto – Jorge Luis Borges


Não haverá nunca uma porta. Estás dentro
E a fortaleza abarca o universo
E não tem nem anverso nem reverso
Nem externo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor de teu caminho
Que teimosamente se bifurca em outro,
Que obstinadamente se bifurca em outro,
Tenha fim. É de ferro teu destino
Como teu juiz. Não aguardes a investida
Do touro que é um homem e cuja estranha
Forma plural dá horror à fantasia
De interminável pedra entretecida.
Não existe. Nada esperes. Nem sequer
No negro crepúsculo a fera.

sábado, 3 de julho de 2010

Personagens - Lobos não entram em Labirintos


O GTS já começou a trabalhar alguns figurinos e projetar alguns personagens da sua próxima peça.
Lobos não entram em Labirintos é uma história de um reino decadente contada por um bufão onde o Rei manda construir um Labirinto.
Há um jogo triangular entre o Rei, o Bufão e a Rainha. A este triangulo se soma outra personagem a Dama-da-Corte. Seria um quadrilátero se as personagens fossem personagens singulares. Mas, no desenrolar da trama estes personagens se assemelham a jogos de espelho. São duplos de uno.
A simbologia da trindade se multiplica na família de construtores do labirinto: pai, mãe e filha. Podem ser traduzidos como uma leitura da idade média da Santíssima Trindade. Construtores de sonhos.
A peça, porém, extrapola o script e há uma rebeldia entre os atores que demandam um novo destino aos personagens. A morte ou a vida de um personagem é um processo temporal que se confunde com a temporalidade dos que os representam. Ela oscila sempre do palco ao camarim.
A morte de um ator ou sua possibilidade recompõe o equilíbrio da peça. Que desliza entre a loucura e o delírio de um Rei (ou de um Bufão?) por um labirinto (ou pelo universo ou pelo inconsciente?) que é infinito (ou finito na morte).
Mas, ainda não é a morte, é somente a decadência. Como diz o Rei, “o homem está seguindo uma linha ascendente na história e uma linha descendente na moral”.
A peça Lobos não entram em Labirintos deverá estar nos palcos de Brasília em novembro de 2010.