Que tendência do teatro contemporâneo te parece mais interessante?
Na realidade é difícil definir as tendências do teatro contemporâneo, mais difícil ainda é definir os seus componentes que se alteram, se rebelam e voltam a ser contemporâneos. Existem sim muitos teatros novos como contemporâneos, mas respondem apenas ao seu tempo, tendências e geração cultural. Não tem raízes, são apenas trabalhos espetaculares sugeridos pela arte da moda, mas na realidade não deixam nada, não transcendem, passam rápido de moda. São poucos os grupos de teatros preocupados em desenvolver um trabalho próprio com um método, uma técnica, um estilo próprio de trabalho de pedagogia para o ator, de montagem, etc.
Mas, se também estão aqueles que sustentaram sua história e a história através dos tempos, aqueles que em 15, 20, 30 e 40 anos juntos, que contra vento e mares tem defendido sua arte, tem lutado, e também em seu momento se tem isolado, permanecido sempre junto, até que termine a tormenta e continuaram trabalhando para crer neles mesmos projetando sua arte sobre as bases de suas próprias experiências, se tem integrado as mudanças sociais, político-culturais, e, todavia, seguem vivos e seus trabalhos seguem sendo contemporâneos.
Há aqueles rebeldes, heréticos, reformadores do teatro, estes pais fundadores da modernidade (Stanislavski, Meyerhold, Craig, Copeau, Artaud, Brecht y Grotowski) são criadores da transição. Seus espetáculos sacudiram os modos de ver e fazer teatro e tem obrigado a reflexão sobre o presente e passado com uma consciência totalmente distinta.
“A Transição” é uma cultura. Pessoalmente respeito os diretores e mestres teatrais contemporâneos como Eugenio Barba, Peter Brook, Bob Wilson, Ariana Mnouchkine, e outros grandes referenciais. Normalmente não me detenho sobre um teatro de moda, só sobre aquele que tem uma projeção e profissão de um mínimo de
(leia a entrevista na íntegra no blog do Tierra sin Mal, ao lado)
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